TOUCH-PAD
Se antes eu andava por aí com meu caderninho de anotações (moleskine). os adimiráveis tempos novos me interpelaram ao I-PHONE: outra técnica, outra dinámica, outra escrita, toda uma"outredade" (sem contar a parte telefone e esse afã de novidades, mensagens... concectividade)
Agora, além de anotar tudo que anotava no bloco de papel, tenho a magia (poder) do SABER na palma da mão: sempre sei onde estou, como se chama cada rua, cada praça, cada nome, cada porquê, cada onde, cada como, cada quando... tenho acesso à internet 24h (por preços que posso pagar)
Estou completamente "localizada" e "googlerespaldada" para toda e quaquer palavra, nome, citação, que use.
Muitas vezes até esqueço do que ia anotar, porque me perco nesse emaranhado de rede, que me leva de X a Y, o qual me remete a Z, que me remete a W...e assim infinitamente.
Outras vezes nem preciso escrever: basta um click: uma foto. Depois não sei o que fazer com ela.
Tampouco usava tudo o que escrevia no caderninho tradicional.
Sempre há uma grande perda entre o que se experimenta no momento da anotação (da foto, etc, do olhar) e este outro momento: que é o da memória.
E nesse touch touch sobre a plaquinha palmar acontece OUTRO DESLOCAMENTO, diferente que o das técnicas diárias, dos costumes de escrita, de onde, como, quando e modos de dizer: Ele Muda meu corpo.
O pequeno calo que tinha no dedo médio (sabe aquele ossinho que cresce na pontinha do dedo de tanto apoiar a caneta?) migrou e tranformou-se numa grossosidade na pele (uma casquinha dura) na ponta do dedo indicador.
Confesso que consulto o google para saber que remédio é bom para dor de cabeça...
ResponderExcluirE hoje voltei em casa na hora do almoço para pegar o celular, parecia que tinha deixado um braço em casa.
O Cibernético Renato das Rosas.