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Mostrando postagens de junho, 2012

OS NOVOS RICOS DE MOÇAMBIQUE_ Por Mia Couto

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"São Demasiado pobres os nossos ricos... O maior sonho dos nossos novos-ricos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efémeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas muito convexos e estradas muito côncavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade" ...  In COUTO, Mia. SAVANA, retirado de:  http://www.macua.org/miacouto/MiaCoutoinSAVANA13122003.htm

O GATO

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As vezes não é preciso dizer absolutamente nada.

MEXICOMIGO

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Sim sim: México mexe comigo, também é "México amigo". Estar no México é estar constantemente sujeito a que algo te inverta, te dê aquela reviravolta como se fosse caldo de onda, daquelas que te empacotam e enchem de areita até o buraquinho da orelha (pra nao falar dos outros buraquinhos obviamente). Hoje o que me deixou assim remexida, ou melhor: remexicada , foi essa história da SANTA MORTE . Em resumo: trata-se de um sincretismo entre a adoração católica aos santos e as santerias das religiões populares. Adorar a Santa Morte é pedir-lhe proteção e sempre recompensá-la com oferendas: maçãs, cigarros, bebidinhas e até dólares... Se a morte nao gostar  da oferenda o que que ela faz???? GRRRRRRhahahahah... ELA LEVA UM ENTE-QUERIDO SEU. Moral da História: A Tragédia Mexicana é exatamente como a Grega. Povoa o imaginário coletivo, se reafirma em uma infinidade de Epopéias nas quais o Destino é controlado pelos deuses/santos e os humanos não tem nenhum poder

bem me quer, mal me quer

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Por que me dizes essas verdades que de veras pensas? Por que simplesmente não fechamos os olhos juntos e deixamos que o ar passe entre nossos cabelos enquanto caimos, lenta e intensamente nesse moviemento parafuso que nos há de matar?

alguma coisa acontece no meu coração...

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quando cruzo a rua Ipiranga e avenida São João... quando essa recordação me invade e até o ar parece saturado daquele momento, esse exato momento que só Eu sei, porque nem você que faz parte dele, nem a placa, a rua, a loja, o vendedor de cachorro quente, o dono da Tabacaria do outro lado da rua, ninguém tem ESSE momento que é MEU. O meu universo é o mundo inteiro.