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Deixa de bobagem Oneida

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"Em agosto de 1940 Mario de Andrade escreve a seguinte carta a uma amiga: ( Oneida Alvarenga) Mas você sofre daquele delírio honesto de perfeição que lhe quer impedir escrever sobre um assunto enquanto não tiver lido toda a bibliografia desse assunto? Conheço essa tentação do Demônio que eu também sofri.  É a mesma que faz os neocomungantes se perguntarem angustiados se não enguliram alguma gotinha d’água enquan to lavavam os dentes. Deixe de bobagem, Oneida, vamos pra diante. Você não percebe que tudo isso são tentações da preguiça, impedimentos da vaidade, máscaras da covardia?  Faça a sua conferência e saia dela com a convicção, não de ter dado tudo o que podia, mas o suficiente para ser útil e honesta.“Tudo” é a existência, e custa uma vida. Só no dia da morte você terá dado tudo quanto poude.  Mário de Andrade."  73 anos depois me sinto Oneida.  Já entendi: é hora de deixar de bobagem.  O que o Mario parece não ter percebido é que há um pra