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O cão de David Hockney e a temperatura humana de sua pintura.

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Véspera de Natal de 2020, pandemia mundial, todo cuidado é pouco, alguns familiares são grupo de risco e isso significa não viajar e não vê-los presencialmente agora. Fica tudo virtual. Este ano tudo tem sido assim, mais pela janela da tela do computador e do celular do que através do tato, do olfato e da experiência do corpo-presente, imerso. Chove, aqui chove muito hoje, e a chuva é um dos fenômenos mais espetaculares e incríveis que  posso entender. A água, tudo que tem a ver com a água é de uma magnificência e de um explendorosidade para mim. Mesmo que essa palavra ex-plen-do-rod-sidade nem exista.  Na tela do computador passam imagens, e imagens, e imagens, e algumas sempre se repetem e me chamam a atenção: são as réplica das pinturas do David Hockney. Meu algoritmo me enche delas.   Desde que morei em Londres por uma temporada tenho essa paixão pelo pintor. Nunca me perguntei especificamente porque gostava tanto, mas provavelmente se tivesse que responder naquela época teria dito