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Mostrando postagens de 2019

Produtos UNISSEX e os primeiros Brinquedos de Gênero Neutro + algumas questões filosóficas adjacentes

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Já ouviu falar de roupas unissex?  Acha isso bom ou ruim?  Se você não é homofóbico, se diz libertário e concorda que cada um faça o que quiser com seu próprio corpo em termos de sexualidade e afetividade, você dirá que é bom.   Porém,  se pensar um pouquinho mais, logo verá que é bem mais complicado do que isso. Pode não ser ruim, mas também não é tão bom assim .  Por quê? 1-First: Há uma apropriação do mercado das pautas humanitárias e anti-homofóbicas para transformá-las em produtos da MODA, de CONSUMO e se  ganhar dinheiro com elas .  Sim, neste sentido, sua anti-homofobia está sendo usada como propaganda intrínseca a seu próprio psicológico para que você compre um produto. O unissex é um valor que já está dado e não precisa ser criado pelo departamento de marketing de nenhuma empresa para vender mais.  1 1/2 - First and Half:  Grande exemplo disso são os taxis rosas, os espaços só para mulheres..., como esta matéria que se publicou aqui em "o feminis

Armando a barraca_ "Groin Gazing" _ ou por que o apelo sexual masculino é tão limitado?

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Enquanto ainda observamos a constante sexualização dos corpos femininos com sua exposição exacerbada e de diferentes ângulos, perspectivas e ideologias de sexualidade, uma "propaganda" de apelo sexual masculino parece limitada. As imagens dos peitorais e abdomens definidos em forma de V são o protótipo orientador dos nossos desejos, deixando deliberadamente fora deles a plástica das outras partes e principalmente do músculo da penetração, esta sim paradigma magistral da nossa sexualidade ocidental e atual.    Claire Milbrath , a jovem artista canadense que em suas pinturas que lembram as de David Hockney já pintava alguns pênis, lança uma coleção de fotos de homens em ereção associados a simbologias estereotipadas e arquétipos de masculinidade. Apesar da criatividade e do excitante que são suas fotos, Claire foi criticada por não ter fotografado corpos diversos, concentrando-se em brancos e magros, e também em arquétipos sexuais muito caricatos.

O que é ser histérica?

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O que é ser histérica (hoje)?  Photo By : Tyler Shields ... é viver tudo numa intensidade tal que quem não a vive não entende e se vê tão atacado por, que critica e condena.  Só que ao invés de se sentir coagida, a histeria se alimenta dessas críticas para reforçar uma culpabilização que reintensifica a experiência de sí enquanto experiência histérica.  Culpar-se por agir histericamente passa, assim, a integrar a histeria de modo a alimentá-la e pautar as oscilações de suas manifestações. Nessa culpa, porém, está uma associação direta (feita por si mesma sobre sí e também da sociedade sobre as mulheres em geral) ao gênero feminino.  "Histérica são as mulheres"  Hyper realistic painting: John Kacere O curioso é que enquanto nós histéricas poderíamos demandar uma superioridade pela intensidade que somos capazes de sentir e de experimentar nossas vivências, como as super-sensíveis, as super-sexuais, as super-tesudas, super-gostosas, super-amantes, supe

Sobre Democracia em Vertigem

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Um filme extremamente apreciável do ponto de vista das escolhas estéticas, do roteiro e da linguagem imagética que casa perfeitamente forma e conteúdo. Mais do que um filme que mostra os "fatos políticos atuais" e alerta para muitos jogos de poder que levaram o país à situação que está, o filme tem técnica e estética impecáveis. Esteticamente opta pelo toque delicado, e tecnicamente é feito com muito cuidado, trazendo como diferencial a opção da simplicidade e singeleza das imagens amplas, embaladas por músicas agradáveis, ficando inclusive bem marcado este detalhe nas imagens íntimas da narradora quando criança e o contraste delas com fotos de tortura (estas estáticas) logo nos primeiros minutos. Já no início nota-se que não é (e nem parece pretender ser) uma super-produção e nem busca explicar ou denunciar algo que o expectador ainda não soubesse. A abordagem (texto-imagem) é como um sobrevôo aos "fatos" a partir de uma perspectiva pessoal mas sem ser su

Sobre essa irregularidade de escrever e a vontade de estar fora...

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... fora do discurso, ou pelo menos fora do labirinto das fontes, porque nenhum arquivo é regular, nem se faz de ordem e nos seus cruzes há mais esquizofrenia do que sonha nossa vã filosofia (e pros que acham que eu estou louca e que nada disso faz sentido, não faz mesmo, e estou mesmo, tentando fortemente estar/ficar louca, só que sem agressividades maiores, mas na serenidade de quem se perde, sabe que se perde, e que luta por saber, mas não consegue ter noção das errancias, inclusive porque se as tivesse, elas seriam aventuras e não errancias... Estou aqui a escrever um texto e acho que posso dominá-lo: arial 10, espaço 1,5, parágrafo 1,25, claro que posso, só que era para falar das imagens e como elas aparecem, quais são suas condições de possibilidade, de visibilidade, que são todas extrínsecas a elas, obviamente, mas também inerentes. Os pintores Holandeses, são os primeiros que me aparecem na mente, mas depois vem o Magritte (porque eu amo muito os trabalhos dele_ até fiz uma