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Mostrando postagens de 2012

A busca

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Nossos "desejos de claridades” seguem com essas “desesperadas reivindicações da alma” diante de nossas “insistentes trevas”.  (vivi)

Dia D

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O Ser do desejo só se realiza no ódio. Nessa furia do sem linguagem, não no território do silêncio, mas do puro grito.

CÃO DE OUTONO

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aparece com o vento e se tranforma no melhor dos amantes. Entres olhares oblíquos e a braços carinhosamente deslizantes tateia a púbis e lembe a vulva desejosa. Rompe o coração e vai embora em silêncio, antes mesmo que o inverno chegue.

Nós somos borboletas-ciborgues

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O tema das comunidades em rede, sociedades Y, Z, X etc etc já é quase vocabulário tão necesário quanto as palavras WIFI, BLUE RAY, MEGA,  e muitas outras que não me lembro agora e que claro, não posso admitir não conhecê-las porque corro o risco de ser uma excluida virtual.  Ao lado de toda essa inclusão virtual encontramos aquelas pessoas que continuam com um discurso saudosista: agora ninguém mais lê, agora ninguem mais sabe nada, a memória perdeu completamente o pequeno papel que ainda ocupava en nossas sociedades... Como reflete Vargas Llosa sugerindo que a nosa geração é feita de  borboletas da informação:  sentamos em inumeras paginas e sugamos somente o necesario entre o agora e o proximo minuto, entre um pouco de néctar e outro.  Saudosista ou realista, o tema é polemico e interfere em temas políticos, mas principalmente pessoais: nossa  experiencia de vida  é afetada por isso. E isso chega inclusive a nossa "natureza", como o chamado "sexo virtual" (

Tatoodobem?

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Do bem, do mal, pouco importa.  Isobel Varley  cobriu mais de 90% do corpo com tatuagens. É considerada a mulher mais tatuada da 3a idade.   O antropólogo Le Breton diz que "as modificações corporais se increven no contexto de uma despedida simbólica do corpo , entendido como borrão, uma relíquia, uma matéria inacabada a terminar através de um trabalho sobre sí". ( L'adieu au corps) "Longe de serem um efeito de moda, mudam o ambiente social, encarnam novas formas de sedução, erguem-se como fenômeno cultural". (signes d'identité)                             "O sinal tagumentar é (hoje) uma maneira de escrever na carne os momentos chaves da existencia. O corpo torna-se simultaneamente arquivo de si e decoração."  (signes d'identité) "A marca cutânea traduz a necessidade de completar, atraves de uma inciativa própria um corpo incapaz por si mesmo de encarnar um sentimento de existência propícia.    (signes d'identité

Estar longe

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Longe é um lugar que a gente nunca pode chegar, porque quando se se vai para longe o longe já está perto, o longe se torna o perto. Estar longe é sempre longe de alguém ou de algum lugar. As vezes é estar distante “si mesmo”, de un “eu” que estamos acostumados e que de repente não veio, fico num lá que deu lugar a outrem.  A ideia de pátria as vezes é como a ideia de um cenário,  quando se muda de cenário se desfaz a interpretação. Mas a ideia de patria não funciona quando pensamos que o espetáculo não depende tanto do cenário, mas do texto. Nenhum personagem se manté intacto quando lhe falta a linguagem, mesmo que seja a linguagem dos gestos.  O problema de estar longe é quando o espetáculo fica comprometido e a improvisação parece ineficiente.  Como a vida é um palco e o espatáculo não pode parar, o personagem que inicialmente fica mudo se reinterpreta e se apropria de un emaranhados de frases gerando um texto que reinventa a si mesmo, rearranja o cenário e revive o e

uma valsa para o futuro

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Quando esse chão se esvai, quando toda nossa história vira rascunho, quando tudo perde a mera possibilidade de sentido... só o que resta é devir A sinfonia do agora é feita de vinho e valsa, para ser bailada com o futuro.

OS NOVOS RICOS DE MOÇAMBIQUE_ Por Mia Couto

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"São Demasiado pobres os nossos ricos... O maior sonho dos nossos novos-ricos é, afinal, muito pequenito: um carro de luxo, umas efémeras cintilâncias. Mas a luxuosa viatura não pode sonhar muito, sacudida pelos buracos das avenidas. O Mercedes e o BMW não podem fazer inteiro uso dos seus brilhos, ocupados que estão em se esquivar entre chapas muito convexos e estradas muito côncavas. A existência de estradas boas dependeria de outro tipo de riqueza Uma riqueza que servisse a cidade. E a riqueza dos nossos novos-ricos nasceu de um movimento contrário: do empobrecimento da cidade e da sociedade" ...  In COUTO, Mia. SAVANA, retirado de:  http://www.macua.org/miacouto/MiaCoutoinSAVANA13122003.htm

O GATO

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As vezes não é preciso dizer absolutamente nada.

MEXICOMIGO

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Sim sim: México mexe comigo, também é "México amigo". Estar no México é estar constantemente sujeito a que algo te inverta, te dê aquela reviravolta como se fosse caldo de onda, daquelas que te empacotam e enchem de areita até o buraquinho da orelha (pra nao falar dos outros buraquinhos obviamente). Hoje o que me deixou assim remexida, ou melhor: remexicada , foi essa história da SANTA MORTE . Em resumo: trata-se de um sincretismo entre a adoração católica aos santos e as santerias das religiões populares. Adorar a Santa Morte é pedir-lhe proteção e sempre recompensá-la com oferendas: maçãs, cigarros, bebidinhas e até dólares... Se a morte nao gostar  da oferenda o que que ela faz???? GRRRRRRhahahahah... ELA LEVA UM ENTE-QUERIDO SEU. Moral da História: A Tragédia Mexicana é exatamente como a Grega. Povoa o imaginário coletivo, se reafirma em uma infinidade de Epopéias nas quais o Destino é controlado pelos deuses/santos e os humanos não tem nenhum poder

bem me quer, mal me quer

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Por que me dizes essas verdades que de veras pensas? Por que simplesmente não fechamos os olhos juntos e deixamos que o ar passe entre nossos cabelos enquanto caimos, lenta e intensamente nesse moviemento parafuso que nos há de matar?

alguma coisa acontece no meu coração...

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quando cruzo a rua Ipiranga e avenida São João... quando essa recordação me invade e até o ar parece saturado daquele momento, esse exato momento que só Eu sei, porque nem você que faz parte dele, nem a placa, a rua, a loja, o vendedor de cachorro quente, o dono da Tabacaria do outro lado da rua, ninguém tem ESSE momento que é MEU. O meu universo é o mundo inteiro.