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A frase onde ela se foi

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Me fazia falta uma amiga naqueles dias. Tinha vontade de conversar, falar de alguns problemas, tomar um café, botar conversa fora, rir um pouco, esquecer do frio e da chuva dos últimos dias. Como ela não estava por perto decidi escrever-lhe. Comecei com o clássico: _Oi, como você está? Segui com algumas frases de carinho, pensadas rapidamente, mal escritas. Tomei algum cuidado para não ser sentimentalista demais, aquilo seria falso. Falei da nossa distancia, de como gostaria de vê-la e de como me sentia triste por estarmos longe. Ela também começou com o clássico. _Nós estamos bem! Não era tão clássico é verdade. Esse uso do plural denunciava que ela já não existe. Agora ela é eles. O filho, o marido, o cachorro, a cidade, aquele trabalho, o carro. Sim inclusive o carro. Uma das formas mais imbecis que a humanidade encontrou para dissolver uma pessoa singular e passá-la para o plural é o carro, esta extensão do corpo humano que pode fazê-lo desaparecer e ao mesmo tem