Março 2021, há 37 anos de sua morte por complicações de AIDS Michel Foucault é acusado de pedofilia. O acusador não é uma de suas supostas vítimas, mas uma pessoa que diz tê-lo conhecido e o visto consumir a prostituição de garotos menores de 11 anos na cidade de Tunis nos anos entre 1966 e 1968 quando o filósofo aí residiu. As manchetes internacionais começaram já em fevereiro dizendo que o estavam acusando, e as nacionais começaram agora e estão sendo reproduzidas em massa nas redes sociais. No Brasil dizem que o filósofo está sendo acusado de Pedofilia, o que é estranho, pois a palavra mais adequada seria Pederastia , já que é mais coerente com o fato do qual o acusam. Isso revela a primeira artimanha da notícia pois faz parecer que não há problema para esta sociedade que se trate de relações homossexuais, mas sim que seja com crianças. Com isso, tentam colocar Foucault no lugar de abusador de menores como se ele estivesse ao lado de todos aqueles h...
Enquanto ainda observamos a constante sexualização dos corpos femininos com sua exposição exacerbada e de diferentes ângulos, perspectivas e ideologias de sexualidade, uma "propaganda" de apelo sexual masculino parece limitada. As imagens dos peitorais e abdomens definidos em forma de V são o protótipo orientador dos nossos desejos, deixando deliberadamente fora deles a plástica das outras partes e principalmente do músculo da penetração, esta sim paradigma magistral da nossa sexualidade ocidental e atual. Claire Milbrath , a jovem artista canadense que em suas pinturas que lembram as de David Hockney já pintava alguns pênis, lança uma coleção de fotos de homens em ereção associados a simbologias estereotipadas e arquétipos de masculinidade. Apesar da criatividade e do excitante que são suas fotos, Claire foi criticada por não ter fotografado corpos diversos, concentrando-se em brancos e magros, e também em arquétipos sexuais muito caricatos. ...
"Homem com un minotauro no peito" Um conto do escrito mexicano Enrique Serna, um exelente conto (daqueles que entram pra lista "ninguem pode morrer sem ler") Se eu contasse não teria sentido lê-lo, contar o conto é igual contar um filme, é retir do leitor (espectador) o prazer estético de vivê-lo. Então aqui vai o link: http://cdigital.uv.mx/bitstream/123456789/1688/1/199178P201.pdf Por que lê-lo? Porque é uma história cheia de personagens caricaturais de nosso tempo (moderno ou pos-moderno) que atuam diante de um pano de fundo que confronta o mercado das artes e da hipocrisia do "verdadeiro" valor artístico de uma obra. O carater caricatural desses personagens, no entanto, não nos faz pensar que eles sejam menos caricaturais que muita gente "real" que vende, compra e trabalha no universo do mercado artistico. O que traz o exagero e nos deixa em muitas situações boquiabertos com a falta de sentido em toda essa ação de "encher de s...
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